Na manhã desta quinta-feira,10, a maternidade Rede Cegonha, localizada no Hospital São Lucas, em Várzea Grande, suspendeu o atendimento por falta de médicos ginecologistas.
A paralisação dos profissionais ocorreu após o anúncio da Prefeitura, na última segunda-feira,07, que comunicou a suspensão de benefícios como férias indenizadas, horas extras e abonos, a partir de 7 de outubro, um dia após a derrota do prefeito Kalil Baracat (MDB) nas eleições.
Segundo relatos de profissionais da unidade, que preferiram não se identificar, os cortes representam uma redução de cerca de 50% nos salários dos médicos.
A maternidade, que é referência no município, passou a encaminhar gestantes em trabalho de parto para hospitais em Cuiabá.
“Já vieram várias gestantes aqui, em trabalho de parto, e todas foram conduzidas para Cuiabá. Quem chegar aqui não será atendido”, afirmou um dos funcionários.
A situação, segundo eles, não se trata de uma greve, mas de demissões e ausências voluntárias dos médicos devido aos cortes. Ainda não há previsão para a normalização dos atendimentos.
“Quem é concursado é obrigado a vir, mas, se a escala não estiver completa, a maternidade continuará fechada”, disse outro profissional.
A Prefeitura de Várzea Grande nega a suspensão dos serviços e afirma que as medidas administrativas respeitam a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Em nota oficial, a gestão alegou que os profissionais seguem atuando normalmente e que as mudanças fazem parte do encerramento do último trimestre de 2024.