O presidente argentino Javier Milei decidiu abrir os arquivos secretos estatais onde estariam guardados documentos sobre oficiais e funcionários nazistas que fugiram para a Argentina depois da Segunda Guerra Mundial.
Em um encontro na Casa Rosada, Milei prometeu total cooperação do governo argentino às autoridades do Centro Simon Wiesenthal, entidade fundada pelo famoso “caçador de nazistas” e que atua na busca de pessoas envolvidas com as atrocidades do regime de Adolf Hitler no mundo inteiro.
Os documentos mostrariam o financiamento das chamadas “rotas de fuga” usadas pelos nazistas para fugir da Europa depois do Holocausto.
Milhares de nazistas escaparam da justiça depois de 1945 usando essas rotas. Estima-se que até 10 mil criminosos de guerra conseguiram se refugiar na Argentina e em outros países da América do Sul.
A Argentina abrigou cerca de 5 mil nazistas, incluindo um dos líderes do Holocausto, Adolf Eichmann, e o médico de Auschwitz, Josef Mengele
Em 1948, Mengele escapou da Europa com um passaporte falso sob o nome de Helmut Gregor.
Pesquisadores afirmam que o apoio aos criminosos de guerra nazistas na Argentina remonta ao governo de Juan Perón, que rejeitou colaborar com os processos de Nuremberg e permitiu o estabelecimento de rotas de fuga.
Além de alemães, a rede de proteção incluía criminosos da Hungria, Croácia e de outras nações.