Em uma decisão sem precedentes, o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última sexta-feira (31) a remoção de quatro grandes veículos de imprensa dos escritórios do Pentágono, incluindo o New York Times, a National Public Radio (NPR), a NBC News e o Politico.
Segundo um memorando oficial, o objetivo é abrir espaço para outros meios de comunicação, instaurando um sistema de rotação anual.
A medida estipula que, a cada ano, um meio de comunicação impresso, um digital, um televisivo e um radiofônico serão substituídos por outros que ainda não tiveram acesso ao Pentágono como membros residentes do Corpo de Imprensa.
Os veículos que desocuparão os espaços físicos serão substituídos pelo New York Post, One America News Network, Breitbart News Network e HuffPost News.
A decisão gerou forte reação entre os afetados. A NBC News lamentou a mudança, afirmando que isso criará obstáculos para a cobertura jornalística.
A NPR, por sua vez, expressou preocupação com a limitação de acesso à liderança do Pentágono e apelou para que o Departamento de Defesa amplie os espaços para jornalistas.
O assistente interino do secretário de Defesa para Assuntos Públicos, John Ullyot, esclareceu que as empresas retiradas manterão o status de membros do Corpo de Imprensa do Pentágono, mas sem espaço físico dentro do prédio.
A Associação de Imprensa do Pentágono manifestou “grave preocupação” com a decisão, classificando-a como uma exclusão injustificada da imprensa altamente profissional.
Atualmente, mais de vinte veículos de comunicação operam no Pentágono, cobrindo o dia a dia das forças armadas dos EUA.
O impacto dessa nova política sobre a transparência e o acesso à informação dentro do Departamento de Defesa ainda será avaliado, mas a decisão já levanta debates sobre o papel da imprensa e a liberdade de cobertura jornalística dentro do governo Trump.