Em um desfecho trágico, a Polícia Civil prendeu Romero Xavier e seu irmão, Rodrigo Xavier, na noite de quarta-feira (24), suspeitos de envolvimento no feminicídio de Raquel Cattani. Raquel, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), foi brutalmente assassinada com mais de 30 facadas na última sexta-feira (19) em um sítio na região.
Os familiares de Gilberto Cattani sempre desconfiaram de Romero, ex-marido da vítima, mas seguiram a orientação da polícia de não afastá-lo, o que foi crucial para a captura dos suspeitos. "Tínhamos que mantê-lo por perto, se não hoje não teria o desfecho que temos", afirmou o deputado em entrevista à Rádio Cultura FM na quinta-feira (25). Ele relatou a dor de encontrar o corpo de sua filha e a necessidade de manter a discrição para não comprometer as investigações.
Romero Xavier, buscando criar um álibi, almoçou com o ex-sogro e levou os filhos para Tapurah no dia anterior ao crime. Ele passou a noite em churrascos e boates enquanto seu irmão Rodrigo executava o assassinato.
No domingo (21), Cattani chegou a emitir uma nota negando boatos sobre a prisão e confissão de Romero, para evitar que ele fugisse. Romero permaneceu ao lado da família durante o velório e sepultamento, sem levantar suspeitas imediatas.
Raquel Cattani estava em processo de divórcio litigioso de Romero Xavier. O crime foi arquitetado por Romero e executado por Rodrigo no assentamento Pontal do Marapé, em Nova Mutum. A Polícia Civil, ao esclarecer o crime, prendeu os irmãos, que agora estão à disposição da Justiça.
A resolução do caso trouxe um pouco de alívio para a família de Raquel, que enfrentou a dor da perda e a necessidade de manter a calma para que a justiça fosse feita.
