O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) realizou nesta terça-feira (03) a Operação Nexus, com o objetivo de apurar possíveis vínculos entre agentes públicos e a facção criminosa Comando Vermelho, atuante no estado de Mato Grosso.
A operação cumpre cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro em residências e um na Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec). Segundo o Gaeco, a investigação foca na obtenção de provas que possam comprovar transações financeiras suspeitas e enriquecimento ilícito. Dados indicam que a Aspec movimentou mais de R$ 13 milhões entre 2019 e 2023, apesar de não possuir capital social declarado.
Um dos elementos centrais da investigação é o depoimento de "Sandro Louco", apontado como líder da facção criminosa. Preso em outro processo, ele revelou em interrogatório que uma cantina vinculada à Aspec era utilizada para circulação de mercadorias e dinheiro em espécie, supostamente sem fiscalização adequada. Segundo o réu, servidores públicos e reclusos da penitenciária estariam envolvidos no esquema, com toda a movimentação financeira ligada à associação.
O termo "Nexus", que dá nome à operação, tem origem no latim e significa "vínculo" ou "conexão", refletindo a principal hipótese investigativa do caso. As autoridades continuam em diligências para aprofundar as apurações e responsabilizar os envolvidos.