A Polícia Civil de Mato Grosso e do Rio Grande do Sul desencadearam, na manhã desta quinta-feira (13), a Operação Phantom, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em extorsão sexual, também conhecida como "sextorsão".
O bando se passava por policiais e parentes de supostas vítimas para chantagear empresários.
Um dos alvos foi um empresário de Cuiabá, que foi coagido a transferir mais de R$ 2 milhões aos criminosos sob ameaças de envolvimento em investigações falsas e divulgação de imagens íntimas.
A operação cumpre 28 ordens judiciais, sendo 13 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão, expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá.
As investigações tiveram início em 2021 e revelaram que os suspeitos atuavam principalmente nos municípios de Bento Gonçalves (RS), Caxias do Sul (RS), Guaporé (RS) e Itajaí (SC).
A ação contou com o apoio da 8ª Região Policial da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e da Divisão de Investigação Criminal de Itajaí.
De acordo com o delegado adjunto da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), Gustavo Godoy Alevado, os criminosos utilizavam perfis falsos nas redes sociais para atrair as vítimas.
Eles criavam personagens femininos sedutores, estabeleciam contato e, após a troca de conteúdos íntimos, outro integrante do grupo se apresentava como policial ou parente da suposta jovem, alegando que ela era menor de idade.
Com isso, exigiam grandes quantias para não denunciar a vítima por crimes fictícios.
Diante das provas reunidas, a Justiça determinou não apenas as prisões, mas também o sequestro de bens e o bloqueio de contas bancárias dos investigados.
O delegado Guilherme Berto Nascimento Fachinelli, titular da DRCI, ressaltou a importância da ação para combater crimes virtuais e impedir novas vítimas.
“A Operação Phantom representa um marco no combate aos grupos criminosos que utilizam a intimidação e o uso indevido da identidade policial para extorquir cidadãos", destacou.
A Polícia Civil orienta que vítimas desse tipo de golpe denunciem os crimes o mais rápido possível para que os responsáveis sejam identificados e punidos.
A Operação Phantom integra o programa Tolerância Zero, do Governo do Estado, reforçando o compromisso das forças de segurança no combate ao crime organizado.