A Polícia Civil indiciou os vigilantes Alvacir Marques de Souza (68 anos), Jonas Carvalho de Oliveira (55), Luciano Sebastião da Costa (48) e Dhiego Erik da Silva (33) pela morte do venezuelano Hidemaro Ivan Sanchez Camaho (50), ocorrida no dia 3 de fevereiro, na Rodoviária de Cuiabá.
Os quatro vão responder por homicídio qualificado, crime que impossibilitou a defesa da vítima. O inquérito foi finalizado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta quinta-feira (13) e será encaminhado ao Poder Judiciário para os próximos trâmites legais.
Histórico criminal dos indiciados
As investigações apontaram que três dos quatro vigilantes já tinham passagem pela polícia:
- Alvacir já respondia por violência contra a mulher.
- Jonas tinha um mandado de prisão em aberto por falta de pagamento de pensão alimentícia.
- Dhiego cumpria pena em regime aberto por roubo.
Agressão fatal
Hidemaro, que vivia no Brasil há sete anos, morava no município de Nova Mutum (242 km de Cuiabá) e estava na capital mato-grossense no dia do crime.
Momentos antes de ser agredido, ele teria chegado alterado à rodoviária e colidido contra um vidro, causando uma pequena confusão. Logo em seguida, os vigilantes o abordaram e iniciaram uma sessão de espancamento brutal.
A vítima foi encontrada ensanguentada e socorrida ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde. Aos policiais, os suspeitos alegaram que apenas queriam "conter" o homem, sem intenção de matá-lo.
Hidemaro era trabalhador, dizem ex-esposas
Segundo depoimentos de ex-mulheres de Hidemaro, ele era um trabalhador, não vivia em situação de rua e não era usuário de drogas. O venezuelano deixa seis filhos.