O presidente da Câmara de Várzea Grande, Pedro Paulo Tolares (Pedrinho), gerou polêmica na sessão desta terça-feira (22/10) ao conduzir a inclusão e aprovação do Projeto de Lei Complementar n.º 13/2024. O projeto, que não estava na pauta inicial, retira da Mesa Diretora o poder de distribuição de cargos na Casa, transferindo a gestão dos cargos de Assessor Técnico Parlamentar I e Assessor de Plenário I diretamente para os gabinetes dos vereadores.
A proposta, aprovada por 17 votos favoráveis e duas abstenções, gerou discussão. O vereador Alecsandro Moreira pediu vista, mas teve o pedido negado por Pedrinho. Durante os debates, Pedrinho afirmou que todos conhecem o processo de ocupação desses cargos, fazendo menção a uma possível revelação sobre os bastidores das nomeações.
Vereadores das comissões de Constituição e Finanças elogiaram o projeto, enquanto Bruno Rios defendeu a necessidade de uma Reforma Administrativa semelhante à da Prefeitura.
A inclusão do projeto geral polêmica e na tribuna o vereador Alecsandro Moreira chegou a pedir vista, o que não foi acatado pelo presidente da Casa de Leis.
Durante a sessão, o projeto foi aprovado e elogiado pelos membros da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), Gisa Barros (PSB) e vereador Ivan dos Santos (Solidariedade), assim como pelos membros da Comissão de Finanças e Orçamento, Sargento Galibert (PSB) e Jero Neto (MDB).
Ainda na tribuna, o vereador Cleyton Nassarden Guerra, conhecido como Sardinha (MDB), questionou sobre quem estaria ocupando esses cargos.
Ao rebater a fala do parlamentar, Pedrinho “escancarou” que todos sabem como é realizada a aquisição desses cargos. Tolares em tom ameaçador disse ainda:
“Todos sabem como é realizada a aquisição desses cargos. Então, não deixa eu abrir minha boca para falar realmente a composição desses cargos”, detalhou ele em sessão.
O vereador Bruno Rios (PL) defendeu que, assim como a Prefeitura, a Câmara também precisa de uma Reforma Administrativa. Ele destacou que essa mudança ocorrerá no Paço Couto Magalhães, durante a gestão da prefeita eleita Flávia Moretti, e deverá ser implementada igualmente na Casa de Leis na próxima legislatura.