Em entrevista à Rádio Capital, o candidato a prefeito de Cuiabá, Eduardo Botelho (União), garantiu que não criará novas secretarias caso seja eleito no pleito deste ano.
O candidato afirmou que o foco de sua gestão será a redução dos gastos do Palácio Alencastro, especialmente no que diz respeito aos contratos municipais.
Botelho destacou que a despesa com servidores públicos está dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, girando em torno de 46% a 48% das receitas da Prefeitura, enquanto o limite máximo permitido é de 54%.
“Não temos isso no nosso radar. Criar [secretarias] é sem chance, diminuir pode até ser, mas o grande problema da Prefeitura não é com o pessoal”, afirmou.
Segundo Botelho, o verdadeiro obstáculo financeiro da Prefeitura de Cuiabá reside nos altos custos com contratos administrativos, que atualmente consomem 54% das receitas.
Para enfrentar essa questão, o candidato propõe uma ampla revisão dos contratos municipais, com a possibilidade de cancelar aqueles considerados desnecessários.
Além disso, Botelho comentou sobre o estado das finanças do município, mencionando um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que identificou uma dívida consolidada líquida de R$ 1,2 bilhão no governo atual, sob a gestão de Emanuel Pinheiro (MDB).
Ele prevê que esse rombo financeiro será ainda maior em 2025, quando o próximo gestor assumir, com uma dívida de curto prazo estimada em R$ 800 milhões.
A redução de gastos, segundo Botelho, será uma prioridade em sua administração, mas sem a necessidade de reduzir o número de servidores públicos, visto que os gastos com pessoal estão em conformidade com as exigências legais.
