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POLÍTICA MT Quinta-feira, 20 de Março de 2025, 13:22 - A | A

Quinta-feira, 20 de Março de 2025, 13h:22 - A | A

SUCESSÃO

Mato Grosso inicia projeto que será modelo para outros estados

Tratar a sucessão familiar empresarial como prioridade é garantir mais que a continuidade dos negócios, é visar a competitividade efetiva no mercado por gerações. Isso envolve planejamento estratégico, a construção de um ambiente organizacional que favor

O ‘Jornada de Sucessão Empresarial’, realizada pelo Instituto Euvaldo Lodi de Mato Grosso (IEL MT) e o Conselho Novos Líderes da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), é um importante movimento que deverá contribuir para a continuidade das empresas de todo o país. O projeto-piloto do IEL Nacional, entidade ligada à Confederação Nacional das Indústrias (CNI), iniciado com industriais mato-grossenses que enfrentam o desafio da sucessão dos seus negócios, tem como objetivo proporcionar um ambiente de aprendizagem e troca de experiências.

No lançamento do projeto, estiveram presentes representantes de Conselhos de nove estados brasileiros para discutir a temática, que deverá ser replicada em outras empresas brasileiras. O presidente interino do Sistema Fiemt, Carlos Avallone, reforçou a necessidade de ações que promovam a discussão do tema. “O Sistema Fiemt é um aliado que pode contribuir para o processo de sucessão familiar nas empresas, oferecendo suporte, capacitação e recursos que são fundamentais para a continuidade e o sucesso das indústrias ao longo das gerações”, pontuou.

A superintendente do IEL MT e da Fiemt, Fernanda Campos, destacou que a jornada é estratégica para atende as demandas do setor industrial e que faz parte do planejamento sistêmico do Sistema. “A criação do Conselho Novos Líderes, que tem apenas dois anos e já possui 70 integrantes, também é parte dessa missão que é encontrar soluções para a sucessão familiar nas indústrias. A jornada vem somar nesse processo”, acrescentou.

Mato Grosso é exemplo para o país

Mato Grosso foi escolhido para ser projeto piloto na Jornada de Sucessão Empresarial, servindo de modelo para os demais estados brasileiros. “Temos na lista 12 estados que já estão de olho no que será aplicado em Mato Grosso nessa iniciativa que visa estimular a sucessão familiar dos negócios”, disse o superintendente do IEL Nacional, Paulo Mól.

Nesse projeto, o grupo, denominado de Movimento Novos Líderes, conta com a parceria da Cambridge Family Enterprise Group, liderada pelo professor John Davis, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), sendo subsidiado nacionalmente pelo IEL nacional.

Segundo o presidente do Conselho Novos Líderes da Fiemt, Vinícius Saragiotto, o objetivo é criar um ambiente de aprendizado e mediação para evitar conflitos entre sucessores e sucedidos. A jornada, com duração de seis meses, será dividida em três etapas: uma fase de sensibilização, conduzida pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), um workshop imersivo e um ciclo de capacitações, proporcionando um aprendizado completo sobre sucessão e gestão estratégica.

A longevidade das empresas familiares

As estatísticas da Harvard Business School revelam uma dura realidade: apenas 30% das empresas familiares sobrevivem à segunda geração. Na terceira, a taxa cai para 15%, e para a quarta, apenas 10% conseguem se manter no mercado. Essa trajetória mostra que o caminho da sucessão familiar demanda não apenas trabalho, mas um planejamento estruturado e eficiente.

Para garantir a longevidade das empresas familiares, três pilares precisam ser fortalecidos: comunicação, estruturação e liderança. Com um planejamento estratégico e escolhas bem fundamentadas, é possível não apenas sobreviver, mas também prosperar através das gerações.

Informações apresentadas durante a primeira etapa da Jornada de Sucessão Empresarial revelam que as empresas que estão na primeira geração buscam a sobrevivência com muito esforço e dedicação, sendo necessário para os empreendedores realizarem uma transição de liderança clara com planejamento patrimonial.

Já na segunda geração, o foco se desloca para a organização da gestão, o cumprimento de acordos e a manutenção da harmonia familiar, fundamentais para fazer o negócio crescer. Nessa fase, é preciso consolidar uma base sólida para a continuidade do legado.

Na terceira geração, surgem novos desafios. A participação da família no negócio necessita ser bem definida, enquanto a liquidez dos acionistas e a resolução de conflitos se tornam essenciais. É necessário estabelecer e manter uma visão e missão familiar clara, que guiarão as decisões e a cultura organizacional.

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