O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, causou polêmica ao afirmar, em entrevista recente, que a Polícia Militar (PM) não realizará operações em áreas de risco para capturar o responsável pelo assassinato do sargento da PM, ocorrido na última semana.
Segundo Mendes, a abordagem ao suspeito não incluirá ações em morros ou áreas de difícil acesso, destacando a estratégia de buscar alternativas mais eficazes para a segurança pública.
"Não vamos colocar a vida de nossos policiais em risco em uma operação que pode ser evitada", afirmou o governador, acrescentando que a prioridade é garantir a integridade dos agentes de segurança.
A declaração veio após um crescente clamor por respostas rápidas à morte do sargento, que, conforme a Polícia Militar, foi assassinato em uma emboscada durante uma tentativa de abordagem a um criminoso.
Mendes também destacou que, embora a prisão do responsável seja uma prioridade, o Governo do Estado tem se concentrado em ações de inteligência policial e fortalecimento da segurança pública como forma de minimizar os riscos de confrontos violentos em áreas conhecidas pelo tráfico de drogas e a presença de facções criminosas.
A fala gerou reações entre a classe policial, que expressou preocupação com a segurança de seus membros e a eficiência nas operações de combate ao crime.
Alguns policiais defenderam a necessidade de uma ação mais direta, enquanto outros apoiaram a decisão do governador, acreditando que ela visa proteger os agentes da PM em momentos de crescente violência.
Por outro lado, representantes de organizações de direitos humanos ressaltaram que a postura adotada pelo Governo de Mato Grosso reflete a necessidade de repensar estratégias de segurança pública que não envolvam confrontos violentos, especialmente em comunidades vulneráveis.
O caso do assassinato do sargento está sendo investigado pela Polícia Civil, que busca identificar e prender os responsáveis pelo crime.
O governador assegurou que a força-tarefa para prender os suspeitos está em andamento, com apoio de tecnologias de monitoramento e inteligência para localizar o criminoso sem recorrer a confrontos armados em áreas de risco.