A presidente da Câmara de Cuiabá, vereadora Paula Calil, afirmou que algumas escolas da rede municipal de ensino estão com infraestrutura precária e defende o adiamento das aulas.
Na tarde desta sexta-feira (31), o prefeito Abilio Brunini (PL) declarou que analisa, junto ao Ministério Público do Estado (MPE-MT), Conselho Municipal de Educação e a Secretaria de Estado e Educação (Seduc), o adiamento do retorno às aulas no município.
Previsto para o dia 3 de fevereiro, o gestor prevê que seja no dia 10, com a finalidade de garantir a segurança dos estudantes.
A decisão, segundo Abílio, será tomada em conjunto neste fim de semana e, em seguida, anunciada.
Paula destacou que a postura do Executivo Municipal é coerente, uma vez que as unidades de ensino não apresentam condições mínimas de amparo para receber os estudantes, como limpeza adequada e manutenção estrutural.
“Infelizmente, o início das aulas precisa ser adiado porque as escolas não estão prontas para receber as crianças, estão sucateadas. Quando falo em prontidão, refiro-me à estrutura física e à limpeza das unidades. Eu mesma visitei algumas escolas onde os pais, professores e diretores estão todos envolvidos na limpeza, já que, até então, não havia materiais básicos, como desinfetante e sabão, entre outros. A Limpurb e as famílias estão ajudando para acelerar esse processo”, pontuou a parlamentar.
A presidente da Câmara ressaltou que Abilio assumiu a Prefeitura de Cuiabá em uma situação financeira delicada, herdada da gestão anterior.
O fim dos contratos de limpeza das escolas foi um dos pontos críticos principais mencionados.
“A Secretaria de Educação está sem contrato, o que impossibilita a realização da limpeza. Isso é uma herança negativa da antiga gestão. Realmente, a educação está sucateada”, completou.
Apesar dos desafios estruturais, Paula afirmou que outros itens essenciais para o funcionamento das escolas, como merenda, uniformes, cuidadoras de alunos com deficiência (CADs) e a nomeação de diretores, coordenadores e secretários, estão regulares.
Cenário atual: A capital tem 171 unidades de ensino, sendo 8 situadas no campo e 15 em condições críticas, enquanto as demais passam por readequações.
Já sobre novas contratações, o prefeito pondera que segue à risca os ritos contratuais exigidos por lei para que possa fazer novos chamamentos.