Cuiabá lidera o ranking nacional das capitais que não conseguem ter recursos financeiros em caixa para quitar o custo mensal da administração pública. A falta de recursos suficientes no caixa para honrar as despesas liquidada mensal, consta no Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais do Tesouro Nacional, que analisou o período da gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
“Cuiabá, Florianópolis, Natal e Macapá apresentaram disponibilidade negativa de caixa, sendo, portanto, incapazes de arcar com despesas caso sofram um choque negativo de receitas”, diz trecho do documento publicado neste mês. O documento da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) ainda coloca a capital mato-grossense como a terceira capital com maior endividamento do país, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (RJ) e Manaus (AM).
Isso significa que a dívida consolidada da capital mato-grossense consome muito a Receita Corrente Líquida (RCL), com um índice de 43,2. Este indicador mostra qual o percentual da RCL de um exercício que seria consumido caso toda a dívida consolidada fosse paga.
Com isso, a administração do prefeito Abilio Brunini (PL) está impedida de conseguir empréstimos nacionais e internacionais tendo o governo federal como avalista.
Na contramão da capital, o Estado de Mato Grosso recebeu a nota A+ na classificação Capacidade de Pagamento (Capag), que mede a saúde fiscal de Estados e municípios do país para pagamento de crédito.
A nota reflete a consolidação da política fiscal implementada pelo governador Mauro Mendes (União) nos últimos anos, já que desde 2022 obtém a nota máxima, o que permite o Estado recebe garantia da União para novos empréstimos nacionais e internacionais.
A manutenção da nota máxima coloca Mato Grosso como um dos entes federados que tem a da qualidade da informação contábil e fiscal (ICF).