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POLÍTICA NACIONAL Quarta-feira, 22 de Maio de 2024, 17:56 - A | A

Quarta-feira, 22 de Maio de 2024, 17h:56 - A | A

SOBRE CASSAÇÃO DE MORO

“Eu sei o que é ser ameaçado pelo PCC”, diz Moraes

Moraes ainda acrescentou que “ninguém gosta de andar com segurança, em carro blindado. Isso só em filme as pessoas gostam”.

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, votou contra os recursos que pediam a cassação do mandato do senador Sergio Moro. Em sua decisão, Moraes destacou que já foi ameaçado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e argumentou que os gastos com segurança não devem ser considerados despesas eleitorais.

 

As acusações indicavam que os recursos de campanha usados para pagar segurança teriam influenciado a disputa eleitoral de 2022. No entanto, Moraes afirmou que “gasto com segurança não é gasto eleitoral” e, portanto, não pode ser utilizado como critério para avaliar abuso de poder econômico.

 

“Eu sei, como ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, ex-ministro da Justiça, nesse período turbulento que o país viveu, eu sei o que é ser ameaçado pelo PCC. [Ser ameaçado] você e sua família, de morte. Então, dizer que segurança para o ex-juiz, ex-ministro Sergio Moro, é gasto de campanha, dizer que carro blindado, segurança para que ele possa fazer [campanha], não nem diria nem com tranquilidade, porque não dá para fazer, mas dá [tranquilidade] para a família… Dizer que isso afeta a disputa eleitoral…”, declarou Moraes.

 

Moraes ainda acrescentou que “ninguém gosta de andar com segurança, em carro blindado. Isso só em filme as pessoas gostam”.

 

A Polícia Federal apontou em março do ano passado que Moro também foi ameaçado pelo PCC. Em seu voto, Moraes afirmou que não houve fraude na campanha de Moro, que foi pré-candidato à Presidência da República, depois ao Senado por São Paulo e, finalmente, pelo Paraná, onde foi eleito. “Na verdade, houve conjugação de fatores que levaram o então candidato, Sergio Moro, a ser candidato a senador pelo estado do Paraná”, disse Moraes.

 

“Ele [Moro] era efetivamente um pré-candidato a presidente da República. Chegou a pontuar até dois dígitos em determinado momento. Ele não foi candidato porque nenhum partido cedeu a legenda no momento em que deveria ceder a legenda”, explicou o ministro.

 

Moraes também defendeu uma alteração no sistema eleitoral para regular o período de pré-campanha. “Pré-campanha é campanha, e acabamos no Brasil fazendo essa divisão, mas sem objetividade maior”, declarou. “Há necessidade de uma regulamentação melhor. Enquanto não houver regulamentação, nós temos que analisar caso a caso”.

 

Todos os ministros do TSE seguiram o voto do relator, Alexandre de Moraes, e rejeitaram os recursos que pediam a cassação de Moro.

 

 

 

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