O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a falar sobre a cobrança de impostos para grandes fortunas nesta quarta-feira (24), criticando os “super ricos” dizendo que eles se aproveitam de artifícios para não pagar impostos.
– Ao redor do mundo, os super ricos usam uma série de artifícios para evadir os sistemas tributários – declarou Haddad, durante uma reunião ministerial de apresentação da proposta brasileira pela Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
O evento aconteceu paralelo à reunião do G20, no Rio de Janeiro, com a participação de representantes de outros países. Haddad e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vêm falando sobre a taxação de grandes fortunas em vários eventos internacionais.
Ainda segundo o ministro, a falta de uma cobrança aos super ricos faz com que no “topo da pirâmide”, os sistemas tributários “sejam regressivos e não progressivos”, o que torna a cobrança de impostos desigual entre as camadas sociais.
Haddad citou um estudo do economista Gabriel Zucman que diz que um imposto de 2% para os super ricos geraria uma arrecadação entre 200 bilhões e 250 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 1,4 trilhão) para enfrentar a fome e a pobreza no mundo.
Inclusive, o governo brasileiro contratou Zucman para elaborar uma proposta para taxação dos “super ricos”, uma proposta do governo federal que deve ser usada para a redução da pobreza no mundo.
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