O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, reuniu uma série de vídeos e mensagens na tentativa de rebater a acusação de assédio sexual contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A denúncia, que veio à tona por meio de uma matéria publicada pelo portal Metrópoles, gerou grande repercussão e colocou a permanência do ministro em risco.
De acordo com informações obtidas, o material apresentado por Silvio Almeida inclui trocas de mensagens entre ele e Anielle Franco, além de um vídeo captado por câmeras de segurança de um restaurante na Asa Norte, em Brasília, onde os dois teriam jantado juntos em uma ocasião. O ministro já apresentou esses elementos aos ministros da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, e da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias.
A reunião ocorreu na noite da última quinta-feira (5/9), no Palácio do Planalto, por determinação do presidente Lula, horas após o portal Metrópoles divulgar as denúncias na coluna de Guilherme Amado. Durante o encontro, Silvio Almeida negou veementemente as acusações e afirmou que outros integrantes do governo e aliados de Lula estariam por trás das denúncias, com a intenção de desestabilizá-lo e tomar o seu cargo.
No entanto, mesmo após as explicações do ministro, fontes dentro do Planalto avaliam que sua permanência no governo se tornou "insustentável". Auxiliares próximos ao presidente acreditam que o mais adequado seria Silvio Almeida pedir demissão. Apesar da pressão, o ministro não parece inclinado a seguir esse caminho e, segundo relatos, teria dito a colegas que, se for afastado, "cairá atirando".
O caso segue gerando tensões no governo e promete desdobramentos nos próximos dias.
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