O Partido da Causa Operária (PCO) publicou nesta quarta-feira (19) uma nota em defesa da anistia para os presos dos atos de 8 de janeiro de 2023. O posicionamento chama atenção porque a legenda, de extrema-esquerda, adota uma pauta que tradicionalmente é associada à direita.

No comunicado, o partido argumenta que as prisões foram arbitrárias e que os acusados não tiveram direito a um julgamento justo. “Houve abusos, prisões arbitrárias e violações de direitos fundamentais contra os manifestantes”, afirma a nota.

O PCO comparou a atuação do Estado com práticas da ditadura militar, criticando a condução dos processos judiciais.

“Quando o Estado prende alguém sem oferecer um processo transparente, ele replica os métodos que eram característicos das ditaduras fascistas”, destacou a legenda em publicação na rede social X.

O partido também mencionou a Lei da Anistia de 1979, que libertou presos políticos, e defendeu que o mesmo princípio deve ser aplicado agora. Segundo o PCO, os detidos não são torturadores nem agentes de um regime opressor, mas “cidadãos comuns”.

Além disso, a legenda criticou o governo e o Judiciário, alegando que os processos contra os presos foram fraudulentos e conduzidos sem transparência. Para o partido, as acusações foram infladas para justificar uma repressão desproporcional.

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