O senador Jayme Campos (União) afirmou, em entrevista à rádio CBN Cuiabá nesta segunda-feira (17), que pode deixar a política em 2026 caso não receba o apoio necessário para viabilizar sua candidatura. Aos 73 anos, ele destacou que não será "candidato de si mesmo" e que, sem um ambiente favorável, pode decidir se afastar das disputas eleitorais.

“Não estou muito preocupado no sentido de já ter um projeto definido. Eu posso ser senador, posso ser governador ou posso ser até nada. Se eu sentir que o ambiente não é favorável, e que não tenho bons apoiadores, o que me resta? Pendurar a chuteira", afirmou.

O cenário para 2026, no entanto, pode ser desafiador para Jayme. Com a provável candidatura do governador Mauro Mendes (União) ao Senado e do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao Governo do Estado, o senador pode ficar sem espaço dentro da própria sigla.

Além disso, há a possibilidade de o União Brasil se aliar ao PL para apoiar Mendes e o deputado federal José Medeiros (PL) na disputa pelas duas cadeiras ao Senado, o que inviabilizaria a reeleição de Jayme. No Executivo estadual, Pivetta já conta com o respaldo do governador, que preside o União Brasil em Mato Grosso.

Apesar desse cenário, Jayme e outros membros do partido reforçam que a posição de Mendes é pessoal e que ainda há espaço para uma candidatura própria da sigla, possivelmente com o senador encabeçando a chapa.

O parlamentar ressaltou que sua intenção é construir uma candidatura sólida, seja ao Senado ou ao Governo, mas que só seguirá no pleito caso tenha um grupo político estruturado ao seu lado.

“Eu construo com grupos de aliados, partidos para me apoiar, com a sociedade de maneira geral", destacou.

Mesmo admitindo a possibilidade de não concorrer, Jayme Campos defendeu sua trajetória política e disse estar preparado para qualquer desafio eleitoral em 2026.

“Estou muito mais maduro, até porque não sou um guri de cueiro, tenho 73 anos, me sinto extremamente preparado não só como Executivo, mas também no Legislativo", concluiu.

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