Uma mulher identificada como Liliane Ribeiro, moradora de Salvador, acusa a maternidade Albert Sabin de violência obstétrica e negligência, que teriam levado à morte de sua filha durante o parto. Em entrevista à TV Bahia, Liliane relatou ter sofrido maus-tratos e abandono pela equipe de saúde, além de ter sido obrigada a passar por um parto normal, contrariando uma recomendação médica para cesárea.
Segundo o relato, durante o trabalho de parto, Liliane foi instruída a fazer força e ameaçada de que seria "rasgada até o talo", enquanto um dos profissionais teria ordenado que "parasse de presepada". Durante o procedimento, a cabeça da bebê já havia sido expulsa quando a médica realizou uma manobra para auxiliar a saída completa do bebê. Nesse momento, o marido de Liliane observou algo suspeito: a médica estava com a luva rasgada. Liliane afirma que uma unha da profissional teria perfurado o pescoço da bebê, causando sua morte.
Em resposta, a maternidade alegou que o óbito ocorreu por natimorto. Contudo, Liliane questiona a justificativa, afirmando que sentiu a bebê se mexer antes do parto e que a equipe tentou realizar manobras de reanimação. “Minha filha não estava morta”, afirmou a mãe.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, e o corpo do bebê passará por necropsia, com previsão de conclusão do laudo em 30 dias. A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) declarou que também está apurando as circunstâncias do ocorrido.
Esse trágico caso levanta questões sobre a qualidade do atendimento e práticas de violência obstétrica, trazendo novamente o debate sobre a necessidade de um atendimento mais humanizado nos partos realizados pelo sistema de saúde.