A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, se emocionou ao comentar a morte do Papa Francisco durante entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Em lágrimas, ela relembrou o encontro recente com o pontífice e as cartas trocadas entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o período em que o petista esteve preso em Curitiba, no Paraná.
Segundo Janja, ela e o presidente acordaram mais tarde na segunda-feira (21), por conta do feriado, e receberam a notícia da morte do papa por volta das 8h, ao checar as primeiras mensagens do celular.
Durante a conversa com a jornalista, Janja mostrou as cartas trocadas entre Lula e o líder da Igreja Católica. Para ela, a correspondência teve papel fundamental nos momentos mais difíceis vividos por Lula, especialmente após a morte de seu neto Arthur, de apenas 7 anos.
“Ele passou por diferentes momentos naqueles 580 dias [de prisão]. Houve momentos de desesperança. E aquele era o momento em que o Arthur tinha morrido. Ele [Lula] estava realmente bastante abalado, e talvez por isso escreveu uma carta ao líder espiritual. Por mais que as pessoas estivessem ali fora na vigília, a mensagem do Papa Francisco naquela circunstância foi fundamental para ele saber que estava no caminho certo, da busca da inocência”, relatou Janja, visivelmente comovida.
A morte do Papa Francisco gerou comoção mundial. O religioso teve papel marcante em temas sociais e humanitários e era admirado por diversas lideranças políticas ao redor do mundo, incluindo o próprio presidente Lula.