Um homem de 42 anos, suspeito de integrar um plano articulado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e assassinar autoridades, incluindo o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), foi preso em Itanhaém, no litoral de São Paulo. A captura ocorreu na última terça-feira (26), em um sítio onde ele se escondia com documentos falsos e uma arma de numeração raspada.
A prisão é parte de desdobramentos da Operação Sequaz, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2023. Na ocasião, onze membros da facção criminosa foram presos sob suspeita de planejar ataques contra Moro e outras figuras públicas, como o promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo.
Detalhes do caso
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o homem preso pertence à "Sintonia Restrita" do PCC, célula conhecida por sua violência e atuação em atentados e assassinatos. Ele é apontado como responsável por monitorar a rotina do senador Sérgio Moro no Paraná, tarefa que envolveu meses de vigilância sobre a família do parlamentar e locações estratégicas próximas às suas residências.
As investigações indicam que o plano da facção era sequestrar autoridades para exigir a libertação de chefes da organização presos em penitenciárias de segurança máxima. A operação inicial, que contou com 24 mandados de busca e apreensão em cinco estados, identificou evidências do monitoramento de residências oficiais de outras autoridades, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Repercussão
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, comemorou a prisão por meio de publicação no X (antigo Twitter), destacando o trabalho das forças policiais. Em vídeo divulgado, foram exibidos dois celulares e uma carteira apreendidos com o suspeito.
A retaliação da facção criminosa teria sido motivada por mudanças impostas por Sérgio Moro durante sua gestão no Ministério da Justiça, como o endurecimento no regime de visitas nos presídios. Após as ameaças, Moro e sua família passaram a contar com escolta policial no Paraná, enquanto o caso segue sendo acompanhado por autoridades de segurança pública e de inteligência.