A Polícia Federal revelou a existência de um suposto plano de atentado envolvendo figuras centrais da política brasileira.
Entre os alvos estariam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A conspiração teria sido discutida em um encontro realizado em 12 de novembro de 2022 na residência do general da reserva Braga Netto, ex-ministro da Defesa e então candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro.
Segundo a PF, o plano foi batizado de forma codificada como "copa 2022" e teria seguido uma estrutura militar detalhada, mas clandestina.
A descoberta veio à tona durante a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, antigo ajudante de ordens de Bolsonaro. Ele confirmou tanto o encontro quanto o teor das discussões.
A investigação faz parte da Operação Contragolpe, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes. O objetivo era desarticular uma organização criminosa que planejava impedir a posse de Lula em 2022.
A operação resultou em várias prisões, incluindo militares de alta patente e um policial federal.
Entre os detidos estão o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, e os oficiais Helio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira.
Dados apagados e posteriormente recuperados de dispositivos eletrônicos pertencentes a Mauro Cid foram cruciais para as investigações.
A PF segue colhendo depoimentos, incluindo novas intimações a Mauro Cid, para esclarecer os detalhes do plano.
O caso expõe uma rede de conspirações dentro e fora das forças armadas, podendo gerar repercussões legais e políticas de grande impacto.
As investigações avançam em meio a um cenário de alerta para preservar a estabilidade democrática no Brasil.
Especialistas indicam que a Operação Contragolpe é uma demonstração da importância de órgãos de fiscalização e justiça na defesa das instituições do país.