menu
04 de Julho de 2024
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
04 de Julho de 2024
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

CIDADES Segunda-feira, 01 de Julho de 2024, 16:14 - A | A

Segunda-feira, 01 de Julho de 2024, 16h:14 - A | A

RESULTADO POSITIVO

50% dos produtores têm a agricultura como principal atividade, sendo a maioria com mais de 20 anos de experiência

A pesquisa, conduzida pelo Imea, entrevistou 392 produtores rurais de 94 municípios do estado, revelando dados essenciais sobre os desafios enfrentados pelos agricultores e pecuaristas na busca por profissionais qualificados.

Ana Barros

 

Na manhã desta segunda-feira (01), no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em Cuiabá, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) apresentaram os resultados da pesquisa “Mão de Obra – Um Desafio para os Produtores Rurais em Mato Grosso”. A apresentação foi parte de um esforço conjunto das entidades que compõem o Sistema Famato, incluindo Famato, Senar-MT, IMEA, Instituto AgriHub e Sindicatos Rurais.

 

A pesquisa, conduzida pelo IMEA, entrevistou 392 produtores rurais de 94 municípios do estado, revelando dados essenciais sobre os desafios enfrentados pelos agricultores e pecuaristas na busca por profissionais qualificados. Foram abordados temas como o perfil dos produtores, características das propriedades rurais, situação da mão de obra, e o uso de tecnologias no campo.

 

Cleiton Gauer, superintendente do IMEA e um dos responsáveis pela pesquisa, destacou a complexidade da questão da mão de obra no estado. Ele mencionou que a tecnologia e a conectividade às vezes limitam a expansão e operação de sistemas maiores e mais eficientes devido à falta de profissionais qualificados. "O principal desafio é que estamos vivendo em pleno emprego, e a disponibilidade de mão de obra tem se reduzido. Mato Grosso, sendo um estado grande e em rápido crescimento, tem poucas pessoas disponíveis para preencher as vagas necessárias", explicou Cleiton.

 

Confome Cleiton tem regiões que são mais difíceis, principalmente se for olhar pra esse tom de logística quanto mais interiorano, quanto mais longínquo, maior dificuldade pra mão de obra se alocar, “ as pessoas não querem usar esse quadro na propriedade, querem se alocar nas cidades hoje as pessoas também buscam lugares ou concentração, umas cidades maiores têm outras oportunidades de vida e deixam as atividades pra trás, então são regiões que acabam sendo sempre relevantes pra isso Mas se a gente for olhar no estádio de Mato Deus como um todo, se fosse uniformizado seria muito difícil qualificar todo estado só pra falar de mão de obra”, pontua.

 

A pesquisa indicou que 50,51% dos produtores têm a agricultura como principal atividade, 35,46% se dedicam à pecuária, e 14,03% consideram ambas as atividades igualmente importantes. Cleiton destacou que regiões mais remotas enfrentam maiores dificuldades em atrair mão de obra, pois muitos preferem viver nas cidades, onde há mais oportunidades.

 

Outro ponto de destaque foi a escassez de trabalhadores capacitados para operar tecnologias avançadas no campo. Isso limita o impacto positivo dessas tecnologias, ressaltando a necessidade de mais investimentos em capacitação e treinamento.

 

O Senar-MT também apresentou suas iniciativas para capacitação de trabalhadores rurais, intensificando programas de treinamento para suprir a demanda por profissionais qualificados. Essas ações são vistas como fundamentais para garantir a competitividade e sustentabilidade do agronegócio em Mato Grosso.

 

Famato-MT

Vilmondes

Presidente da FAMATO-MT, Vilmondes Sebastião Tomain,

Para o Presidente da FAMATO-MT, Vilmondes Sebastião Tomain, o problema da mão de obra é positiva, “Existe o dia a dia da atividade. Muito claro para nós. A questão aí da mão de obra, o problema bom é que nós demandamos mão de obra, né? Tem falta de arrumar os atrativos para poder trazer pessoas de fora, para atender as nossas demandas aqui do setor produtivo. Qualificação é um negócio que depende da gente, depende do próprio produtor, se tiver uma certa dificuldade com ele mesmo, para aceitar você disponibilizar o próprio colaborador para poder se qualificar com essas dificuldades. Mas eu vi ali que é uma situação que a gente tem que investir mais na formação de mão de obra. Cursos mais extensos, com cargo-horária maior, porque a qualificação só não vai resolver. Nós temos que trazer novos colaboradores, funcionários para atender essa demanda aí",destacou.

 

Vilmondes também abordou a necessidade de atrair e qualificar mão de obra. "Temos que investir mais na formação de mão de obra. Cursos mais extensos e com maior carga horária são necessários. A qualificação por si só não resolverá o problema; precisamos trazer novos colaboradores para atender à crescente demanda", afirmou.

 

Para Bruno de Faria, gerente da assistência técnica e geral do Sennar, essa união da casa, aonde se une o IMEA , Famato, Senar,  Agrihub e os sindicatos rurais, é importante. “O Senar, com essa preocupação vem buscando a melhoria nas qualificações dos nossos cursos, e a gente tem que preocupar com isso de como a gente vai qualificar quem já está no campo trabalhando e como que a gente vai profissionalizar, trazer novas pessoas para ir para o campo para atender essa demanda. Assistência técnica é o caminho que a gente vai poder ajudar ele. Esse produtor do campo, a entender a importância que ele está trazendo à eficiência da sua mão de obra’, frisou.

 

A pesquisa destacou ainda que 42,86% dos produtores têm ensino superior, 4,08% estão na faixa etária de 20 a 29 anos, 20,92% têm entre 50 e 59 anos, e 0,77% têm mais de 80 anos. Quanto ao tempo de atividade rural, a maioria dos produtores possui mais de 20 anos de experiência, com 24,49% envolvidos entre 11 e 20 anos.

 

 

 

 

> Click aqui e receba notícias em primeira mão.

 


Comente esta notícia