As baías Chacororé e Siá Mariana, localizadas no Pantanal Mato-grossense, registraram em março um volume de 247,75 milímetros de chuva — o maior índice pluviométrico desde o ano passado. O dado é resultado do monitoramento contínuo realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT). Cada milímetro equivale a um litro de água de chuva por metro quadrado.
A recuperação no volume de chuvas representa um avanço importante em relação ao mesmo período de 2023, quando a precipitação foi de 177 milímetros e a região enfrentava escassez hídrica. A situação atual se aproxima das tradicionais cheias que caracterizam o ciclo natural do Pantanal.
A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, acompanhou in loco o trabalho das equipes de monitoramento e destacou a importância da ação.
“O monitoramento contínuo, tanto no período chuvoso quanto na seca, é essencial para avaliar a efetividade das ações do governo e orientar novas medidas para que as baías continuem cumprindo seu papel ambiental no Pantanal”, afirmou.
Corixos e barragens sob observação
Além da medição do índice pluviométrico, o monitoramento inclui a avaliação de barragens revitalizadas e o comportamento dos corixos — pequenos cursos d’água que se formam na planície pantaneira durante o período de cheia. Os técnicos analisam se há obstruções que possam interferir no fluxo natural da água para as baías.
Mauren também adiantou que a Sema estuda a criação de um centro de monitoramento avançado nas baías, que permitirá análise permanente das condições hídricas da região. A iniciativa será desenvolvida em parceria com a Procuradoria de Justiça Especializada na Defesa Ambiental e Ordem Urbanística do Ministério Público de Mato Grosso.
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