Pais de crianças que frequentam o Centro Educacional Nuvem de Algodão, em Cuiabá, têm expressado preocupações sobre as condições do banheiro unissex utilizado pelos alunos. Entre os principais pontos de queixa estão a falta de portas nas cabines individuais e a presença de câmeras de segurança no local, o que gerou desconforto entre os pequenos, levando alguns a evitarem usar o banheiro.

A escola, que atende crianças de 0 a 5 anos, foi alertada sobre os constrangimentos enfrentados pelos alunos, especialmente aqueles em idades mais avançadas, que precisam realizar suas necessidades sem privacidade. Apesar das reclamações já feitas por pais, a situação não foi alterada.

Outro ponto levantado é a dúvida sobre o uso das imagens capturadas pelas câmeras e se a escola está respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que protege a privacidade dos cidadãos.

Em resposta, o Centro Educacional Nuvem de Algodão emitiu uma nota esclarecendo que os banheiros são supervisionados por adultos treinados e que a utilização dos banheiros unissex não deve ser entendida sob um viés sexualizado. A escola garantiu que segue todas as normas pertinentes, incluindo a LGPD.

A nota da instituição destaca que sua proposta pedagógica é centrada no desenvolvimento integral das crianças e que a segurança e integridade dos alunos são prioridades. A utilização das câmeras, segundo a escola, visa proteger os direitos das crianças e assegurar a responsabilidade dos adultos que as supervisionam, com acesso restrito às imagens apenas à direção escolar.

Nota do Centro Educacional Nuvem de Algodão

"Nossa empresa foi fundada em 1991, e a concepção da nossa escola tem como objetivo desenvolver integralmente a criança, seguindo com as leis, com o ECA, BNCC, e respeitando a integridade e segurança da criança. Banheiros compartilhados entre ambos os sexos são supervisionados por um adulto treinado, interpretados como uma forma pedagógica de cuidar das crianças.

Seguindo posicionamento do Ministério da Educação, não é possível entender a questão por um viés sexualizado, já que apenas crianças de 0 a 5 anos frequentam a escola. A utilização de câmeras de segurança protege as crianças e inibe comportamentos inadequados, com acesso exclusivo à Direção Escolar."

Inf. Gazeta Digital