O governador Mauro Mendes (União) deve anunciar na tarde da próxima segunda-feira (3) qual será o destino do contrato com o Consórcio BRT, responsável pelas obras do novo modal em Cuiabá e Várzea Grande.
A informação foi divulgada pela assessoria do governo do Estado e surge em meio a crescentes questionamentos sobre os atrasos na execução do projeto.
Nos últimos dias, o tema voltou a ser amplamente debatido, especialmente após o próprio governador admitir, em entrevista a uma rádio local, que considera romper o contrato devido à demora na entrega das obras.
No entanto, Mendes também destacou que a Secretaria de Infraestrutura está em negociação com o consórcio para definir um novo cronograma, evitando uma rescisão que poderia prolongar ainda mais a conclusão do projeto.
Apesar dessa tentativa de reavaliação, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, defende que o governo rompa o contrato e realize uma nova licitação emergencial.
Para ele, o consórcio não possui capacidade financeira e estrutural para finalizar a obra, e manter o contrato poderia resultar em custos ainda maiores para os cofres públicos.
Por outro lado, a proposta de rescisão não é unanimidade entre as lideranças políticas.
O deputado estadual Eduardo Botelho, que está de saída da presidência da Assembleia Legislativa, alerta que romper o contrato agora poderia atrasar ainda mais a obra, pois um novo processo licitatório e a reestruturação de equipes demandariam tempo.
O impasse sobre o futuro do BRT continua e a decisão do governador na próxima segunda-feira será crucial para definir os rumos da mobilidade urbana na região metropolitana de Cuiabá.