Após os resultados das eleições no Mato Grosso, institutos de pesquisa reconhecem erros consideráveis nas suas previsões e propõem mudanças metodológicas para futuras eleições.
Candidatos que lideravam nas pesquisas eleitorais em cidades como Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sorriso foram surpreendentemente derrotados, o que levantou questionamentos sobre a confiabilidade das sondagens.
O deputado federal Abilio Brunini (PL) e o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) venceram as eleições, contrariando o favoritismo do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), apontado como o provável vencedor em diversas pesquisas.
Nem mesmo a Quaest, um dos principais institutos nacionais, conseguiu prever este resultado, mesmo tendo divulgado um empate técnico entre Abilio e Botelho na véspera do pleito.
O editorial publicado pelo Grupo Gazeta de Comunicação, responsável pelo instituto Gazeta Dados, admitiu que o erro foi generalizado entre os institutos, incluindo as pesquisas internas das campanhas.
Embora reconhecendo a falha, o grupo destacou que as pesquisas precisam de ajustes para melhor captar as rápidas mudanças no comportamento eleitoral.
A empresa Percent Brasil, responsável por pesquisas em Mato Grosso e Goiás, atribuiu parte do erro à volatilidade do eleitorado e ao medo de muitos em revelar suas intenções de voto.
Além disso, apontou que o número de entrevistados pode ter sido insuficiente para cidades maiores, comprometendo a precisão dos dados.
Segundo Gonçalo de Barros, ex-secretário de Saúde de Várzea Grande e consultor do instituto MT Dados, a polarização ideológica entre direita e esquerda foi um fator importante que as pesquisas não conseguiram captar.
Ele sugeriu que a utilização de uma metodologia híbrida, combinando entrevistas presenciais e digitais, pode trazer mais precisão, especialmente considerando o impacto crescente das redes sociais no comportamento eleitoral.
Por fim, embora reconhecendo que será difícil aplicar essas mudanças para o segundo turno, os institutos de pesquisa esperam que com ajustes significativos na metodologia, erros como os de 2024 não se repitam no futuro.
ALAN 09/10/2024
ATUALIZAÇÃO DO MÉTODO? Isso é caso de polícia... vende gato a preço de lebre.. kkkkkkkk
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