A Controladoria Geral do Estado (CGE) iniciou uma investigação para apurar possíveis irregularidades na gestão do ex-secretário de Agricultura Familiar (Seaf), Luluca Ribeiro, que ocupava o cargo desde fevereiro deste ano.
A exoneração de Luluca ocorreu nesta terça-feira, dia 23, com o Governo do Estado justificando a decisão como uma "correção na gestão".
Além de Luluca, outras figuras importantes da Seaf também foram dispensadas, incluindo o secretário adjunto de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural, Clóvis Figueiredo Cardoso, e o secretário adjunto de Administração Sistêmica, Talvany Neiverth.
A medida incluiu ainda a exoneração da chefe de gabinete, Aline Emanuelle Rosendo, e do assessor jurídico Ricardo Antônio de Lamonica Israfel Pereira.
Embora a CGE não tenha divulgado detalhes sobre o processo investigativo, o governo se absteve de comentar sobre os motivos que levaram à apuração, afirmando que "não se manifesta sobre processos em andamento".
No entanto, nos bastidores, circulam rumores de que a exoneração de Luluca estaria relacionada à deputada estadual Janaina Riva (MDB), sua indicada, em meio a um embate político entre ela e o governador Mauro Mendes, que envolve a disputa pela vaga de primeira-secretária da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
O governo, por sua vez, nega que a exoneração tenha qualquer relação com retaliação política e assegura que a decisão é puramente administrativa.
Para ocupar os cargos deixados por Luluca e Clóvis, o Governo do Estado já designou Andréia Carolina Domingues Fujioka como nova secretária e Joelson Obregão Matoso como secretário adjunto.
A situação levanta questionamentos sobre a estabilidade política e administrativa da gestão do governador Mauro Mendes, e os desdobramentos da investigação da CGE serão acompanhados de perto pela população e pela classe política de Mato Grosso.
O secretário disse desconhecer a investigação.