O magnata da música Sean “Diddy” Combs apresentou nesta sexta-feira (08) uma proposta de fiança de US$ 50 milhões (cerca de R$ 285 milhões) para garantir sua liberação da prisão onde se encontra detido há oito semanas sob acusações de tráfico sexual. De acordo com o portal Forbes, a proposta inclui o uso de sua mansão na Flórida, avaliada em US$ 48 milhões (aproximadamente R$ 273 milhões), como garantia. O apoio de familiares que se dispuseram a co-assinar a fiança também faz parte da proposta.
Desde sua prisão, Combs teve pedidos de fiança rejeitados em três ocasiões. Os juízes, segundo a Forbes, expressaram preocupação sobre o risco de que ele pudesse manipular testemunhas envolvidas no caso. A defesa de Combs busca, portanto, demonstrar que há medidas suficientes para evitar qualquer interferência no processo.
As acusações contra o rapper e produtor dizem respeito ao uso de sua influência no meio musical e de sua gravadora Bad Boy Entertainment para transportar mulheres e trabalhadores sexuais masculinos entre diferentes estados. Conforme divulgado pela Forbes, essas viagens teriam como objetivo a participação em eventos privados, conhecidos como “Freak Offs”, onde seriam realizadas performances sexuais gravadas.
Em resposta às acusações, Combs declarou-se inocente em 17 de setembro e tem negado qualquer irregularidade. Seus advogados defendem que todas as atividades sexuais relatadas foram consensuais.
Ainda nesta sexta-feira, o juiz distrital Arun Subramanian, responsável pelo caso criminal, negou o pedido de Combs para que fosse imposta uma ordem de silêncio. Essa ordem teria restringido os acusadores de comentarem o caso publicamente. De acordo com a Forbes, a defesa de Combs alegou que aproximadamente 30 processos civis relacionados a má conduta e abuso têm prejudicado o direito do empresário a um julgamento justo.
Os advogados sustentam que a ampla cobertura e discussão pública dos casos civis podem influenciar a percepção pública e, consequentemente, o júri em potencial.
Na tentativa de conseguir a liberdade provisória de Combs, a advogada de defesa Alexandra Shapiro sugeriu uma série de medidas de segurança e monitoramento rigoroso. Conforme relatado pela Forbes, a proposta inclui a prisão domiciliar com vigilância 24 horas por dia por seguranças e a proibição de qualquer contato de Combs com as vítimas e testemunhas do caso.
A defesa espera que essas medidas sejam consideradas suficientes para mitigar qualquer risco de interferência no processo judicial. Combs aguarda seu julgamento, marcado para o dia 5 de maio do próximo ano.