Em um dos maiores escândalos recentes a atingir a África Central, mais de 400 vídeos de natureza íntima foram vazados, expondo Baltasar Ebang Engonga, diretor da Agência Nacional de Investigação Financeira e filho de um destacado líder da Comunidade Econômica e Monetária da África Central, em situações comprometedoras.
Os vídeos, que circulam de forma clandestina na internet, mostram Ebang em encontros sexuais com mulheres de alto perfil, incluindo esposas de figuras políticas influentes na Guiné Equatorial.
Gravações mostram encontros no próprio gabinete de Ebang no Ministério das Finanças, envolvendo desde a esposa do procurador-geral até familiares próximos do próprio Ebang, como a esposa de um dos seus irmãos e a esposa grávida de um tio.
A sociedade guineense reagiu com indignação, enquanto o governo tenta conter a situação.
Em resposta ao escândalo, o vice-presidente Teodoro Nguema Obiang Mangue anunciou um conjunto de medidas rigorosas.
Além de suspender funcionários públicos envolvidos em atos considerados inapropriados, ele ordenou a instalação de câmeras de segurança em edifícios governamentais e impôs restrições no acesso à internet, visando bloquear a disseminação dos vídeos.
A reação popular é de espanto e repulsa, mas a tentativa de limitar o acesso à internet gerou insatisfação, especialmente em meio ao aumento do interesse público por detalhes do caso.
Baltasar Ebang já enfrenta prisão sob suspeita de desvio de fundos públicos, e novas acusações podem surgir caso seja diagnosticado com doenças sexualmente transmissíveis, o que o sujeitaria a processos por colocar a saúde pública em risco.
Além da repercussão nacional, o escândalo trouxe um impacto negativo para a imagem da Guiné Equatorial no cenário internacional, destacando a fragilidade na segurança de dados e a falta de transparência na administração pública.