Nos últimos meses, a Europa tem enfrentado uma escalada de tensões que reacende preocupações globais sobre o risco de um conflito armado de larga escala.
Autoridades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e líderes europeus têm alertado para a necessidade de medidas preventivas, em um contexto marcado por confrontos intensos na Ucrânia e mudanças nas políticas de defesa de nações como Rússia e China.
O almirante Rob Bauer, presidente do Comitê Militar da OTAN, destacou que a dependência da Europa em relação a potências como a Rússia e a China pode ser usada contra o continente em caso de guerra.
Recentes declarações de líderes, como o primeiro-ministro polonês Donald Tusk, reforçam o alerta: o risco de um conflito global é “sério e real”.
Além disso, medidas concretas já estão sendo implementadas em vários países. Na Suécia e na Finlândia, por exemplo, materiais informativos foram distribuídos à população, detalhando como agir em caso de guerra.
A procura por abrigos antibomba disparou na Espanha e na Alemanha, sinalizando uma mudança significativa no comportamento das populações locais.
Especialistas também avaliam o cenário com apreensão. Richard Caplan, da Universidade de Oxford, afirma que os preparativos europeus são justificados, dada a incerteza sobre os próximos passos da Rússia.
Para Steve Rosenberg, da BBC, as decisões do Kremlin podem ser influenciadas pelas políticas do próximo governo dos Estados Unidos, que assumirá em 2025.
O ambiente político e estratégico do continente segue em estado de alerta, com cidadãos, empresas e governos mobilizados para lidar com um futuro incerto e potencialmente devastador.