Na última sexta-feira (24), milhares de ativistas pró-vida se reuniram nas ruas de Washington, nos Estados Unidos, para a 52ª edição da Marcha pela Vida, considerada o maior evento antiaborto do mundo. O evento teve a presença de Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama do Brasil, além de diversos políticos conservadores brasileiros.
Entre os destaques, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o vice-presidente, J.D. Vance, fizeram discursos contundentes em defesa da vida. Trump, em mensagem gravada, reafirmou seu compromisso com a pauta pró-vida, prometendo, caso eleito para um segundo mandato, proteger os avanços conquistados e barrar iniciativas democratas em favor do aborto irrestrito. Vance, em sua estreia como vice-presidente em um discurso público, abordou a importância de apoiar famílias e reverter a cultura do individualismo.
A programação começou às 11h, horário local, com uma apresentação da banda cristã Unspoken no National Mall, seguido por manifestações no mesmo local. A marcha principal teve início às 13h e terminou às 16h, com o trajeto indo do Monumento a Washington até as escadarias da Suprema Corte.
Participação brasileira
Diversos representantes do Brasil marcaram presença no evento, incluindo os deputados federais Marcel van Hattem (Novo-RS), Silvia Waiãpi (PL-AP), Capitão Alden (PL-BA) e Bia Kicis (PL-DF), além dos senadores Jorge Seif (PL-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE). Deputados estaduais, como Gil Diniz (PL-SP) e Bruno Engler (PL-MG), e a vereadora Priscila Costa (PL-CE) também integraram a delegação brasileira.
Capitão Alden enfatizou o papel do evento na defesa da vida desde a concepção.
– Sempre estarei contra o aborto, pois não podemos permitir que vidas inocentes sejam perdidas – declarou.
Silvia Waiãpi destacou o caráter inspirador da marcha:
– O direito à vida é um direito básico do ser humano. Nossa defesa desse direito é um testemunho da beleza e dignidade de cada pessoa.
O senador Eduardo Girão, que participa do evento há cerca de 10 anos, ressaltou a importância das mobilizações para reverter leis que permitem o aborto. Ele mencionou que no Brasil também são realizadas marchas pró-vida, em cidades como Fortaleza e Brasília, há mais de 17 anos.
História do evento
A Marcha pela Vida foi criada em 1974, como resposta à decisão Roe v. Wade, que legalizou o aborto nos Estados Unidos. Apesar da revogação dessa decisão em 2022, a marcha continua sendo realizada anualmente, já que o aborto ainda é permitido em vários estados do país.
Neste ano, a liderança do evento passou para Jennie Bradley Lichter, ex-membro da Casa Branca no governo Trump. Ela sucede Jeanne Mancini, que esteve à frente da organização por vários anos.
A cobertura completa do evento foi publicada pelo Pleno News.