Durante uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca nesta terça-feira (4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que seu governo pretende "assumir o controle" da Faixa de Gaza e promover o desenvolvimento da região.

 

Além disso, sugeriu que os palestinos que vivem no território deveriam ser reassentados permanentemente em outros países.

 

“Os EUA irão assumir o controle da Faixa de Gaza, e nós faremos um trabalho com isso também. Seremos responsáveis por desarmar todas as bombas não detonadas e outras armas no local”, declarou Trump.

 

Tropas americanas em Gaza?

 

Questionado sobre a possibilidade do envio de tropas americanas para o território, Trump respondeu: "Faremos o que for necessário, vamos assumir o controle daquela área, desenvolvê-la e criar milhares e milhares de empregos. É algo de que o Oriente Médio vai se orgulhar muito."

 

As declarações reforçam uma postura já defendida pelo presidente, que no mês passado sugeriu que a solução para o conflito seria “limpar” o enclave e reassentar seus habitantes. A proposta, no entanto, enfrenta forte resistência da comunidade internacional.

 

Rejeição internacional

 

Egito e Jordânia já manifestaram publicamente sua oposição ao plano de reassentamento dos palestinos.

 

O rei Abdullah da Jordânia deve se reunir com Trump na próxima semana em Washington para apresentar seus argumentos contra a proposta.

 

A maior parte da Faixa de Gaza foi destruída desde o início da ofensiva militar israelense em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.

 

Bombardeios e operações terrestres reduziram grande parte da região a escombros, intensificando a crise humanitária no local.

 

Líderes árabes e europeus têm pressionado por um cessar-fogo e um acordo de troca de reféns para permitir o início da reconstrução de Gaza.

 

No entanto, Trump argumentou que a melhor solução seria a realocação da população para outros países da região, financiada por investimentos internacionais.

 

“Se pudermos encontrar o lugar certo, ou vários lugares, e construir para eles alguns locais realmente bons, com muito dinheiro na região (…) Acho que isso seria muito melhor do que voltar para Gaza, que tem décadas e décadas de mortes”, afirmou.

 

As declarações de Trump aumentam as tensões no Oriente Médio e geram dúvidas sobre o impacto de um possível envolvimento direto dos EUA na região.

 

 

 

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