Cumprindo uma de suas promessas de campanha, o ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para extinguir o Departamento de Educação dos EUA e transferir a autoridade educacional para os estados.
A decisão, segundo Trump, tem como objetivo acabar com a suposta "doutrinação" dos jovens e descentralizar o controle sobre o sistema educacional. Ele também argumenta que os US$ 3 trilhões investidos no setor desde 1979 não resultaram em melhorias significativas.
Caso a medida seja aprovada, os estados assumirão total responsabilidade sobre a gestão das escolas, semelhante a um cenário onde o Brasil extinguisse o Ministério da Educação e deixasse o controle exclusivamente para as secretarias estaduais. Vale lembrar que os estados norte-americanos possuem maior autonomia do que os estados brasileiros.
Atualmente, o Departamento de Educação supervisiona cerca de 100 mil escolas públicas e 34 mil privadas, mas representa apenas 14% do orçamento das escolas públicas. Serviços como empréstimos estudantis e bolsas Pell devem continuar, apesar da mudança.
A decisão já vinha sendo sinalizada por Trump, que anteriormente reduziu pela metade o número de funcionários da pasta.
O anúncio gerou reações divergentes. Críticos alertam para o risco de redução de verbas, impactos negativos para os estudantes e aumento da desigualdade educacional. Já os apoiadores veem a medida como uma forma de cortar desperdícios e permitir que cada estado tome decisões mais alinhadas com suas necessidades locais.
Agora, a proposta precisa de aprovação no Congresso, onde os republicanos têm maioria de 53 a 47 votos.