O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso (Creci-MT) está sob investigação após funcionárias denunciarem casos de assédio moral e sexual.

 

As acusações foram formalizadas ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Polícia Federal, envolvendo o presidente Claudecir Roque Contreira e outros membros da instituição.

 

De acordo com os relatos, uma das funcionárias foi alvo de perseguições e humilhações, além de ser obrigada a trabalhar além do horário regular, incluindo fins de semana, férias e períodos de doença.

 

Em depoimento, ela descreveu uma reunião com o presidente, onde foi agredida verbalmente por começar a chorar durante uma advertência.

 

A mesma funcionária também revelou ter tentado denunciar um caso de assédio sexual na unidade de Sinop, sendo silenciada por Contreira, que temia que a situação prejudicasse sua reeleição.

 

O assédio sexual envolveu o conselheiro Beto Correia, que, segundo a vítima, ameaçou demiti-la caso não aceitasse suas investidas. A denúncia também inclui o envio de fotos íntimas e insistência para encontros fora do ambiente de trabalho.

 

O superintendente Marcelo Arruda teria sido informado do ocorrido, mas, em vez de tomar providências, sugeriu que a vítima assinasse um documento comprometendo-se a não divulgar o caso, o que ela se recusou a fazer.

 

Em resposta, o Creci-MT afirmou em nota que a gestão tem alcançado grandes resultados, destacando o crescimento da entidade e os avanços na fiscalização da profissão.

 

A nota também afirmou que está lidando com as questões internas que surgem, embora as acusações levantem sérias preocupações sobre a gestão e os valores da instituição.