A operação "A Cesar o que é de Cesar" deflagrada nesta segunda-feira,10,pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) desmantelou um esquema de extorsão em Várzea Grande, onde líderes de uma facção criminosa exigiam quantias que chegavam a R$ 70 mil de empresários para garantir "segurança" contra ameaças de assassinato e incêndios nas lojas.
Segundo o delegado da GCCO, Antenor Pimentel Marcondes, os criminosos se apresentavam como um "terceiro estado", prometendo regulamentar o mercado e cobrar impostos dos empresários.
A partir daí, os extorsionadores exigiam pagamentos mensais, que variavam de acordo com o faturamento das empresas, podendo alcançar 5% do lucro.
Caso os comerciantes se recusassem, as ameaças eram intensificadas, com a facção cobrando penalidades severas, como incêndios e execuções.
Os líderes do esquema, identificados como O.R. (Shelby) e C.R.L.S. (Maxixi), foram presos durante a operação, que ainda resultou no cumprimento de mandados de busca, sequestro e bloqueio de bens.
O esquema foi investigado desde novembro de 2024, após denúncias de empresários que relataram o crescente poder da facção em várias regiões de Várzea Grande.
A prisão dos criminosos visa dar fim a um modelo de extorsão que já havia se disseminado na cidade, afetando a segurança financeira de pequenos e grandes comerciantes locais.