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POLICIAL Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2025, 09:29 - A | A

Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2025, 09h:29 - A | A

OPERAÇÃO

Polícia prende faccionados que extorquiam comerciantes em VG com ameaças de incêndio

A ação incluiu mandados de prisão, buscas, sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias dos investigados, que atuavam sob ordens de uma facção criminosa

 

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta segunda-feira (10), a operação A César o Que é de César, visando desarticular um esquema criminoso de extorsão contra comerciantes de Várzea Grande.

 

A ação incluiu mandados de prisão, buscas, sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias dos investigados, que atuavam sob ordens de uma facção criminosa.

 

As investigações, conduzidas pela Gerência e pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado (GCCO/Draco), revelaram que os suspeitos exigiam dos lojistas o pagamento de uma taxa mensal de 5% sobre o faturamento, sob ameaça de represálias violentas, incluindo incêndios nos estabelecimentos.

 

Os alvos da operação são dois homens identificados como líderes do esquema, conhecidos pelos apelidos de "Shelby" e "Maxixi".

 

O delegado responsável pelo caso, Antenor Pimentel Marcondes, explicou que essa prática criminosa tem se tornado uma nova fonte de recursos para a facção.

 

Segundo ele, os comerciantes estavam amedrontados e relutavam em denunciar o esquema, temendo retaliações.

 

“Cabe ao Estado viabilizar a persecução penal e implementar mecanismos para proteger o cidadão e combater a criminalidade”, afirmou o delegado.

 

Além das ameaças diretas aos comerciantes, os criminosos monitoravam de perto a rotina das vítimas. Shelby, apontado como líder do esquema, utilizava chamadas de vídeo em grupo para intimidar os lojistas e reforçar sua autoridade.

 

Ele também usava a imagem do personagem Tommy Shelby, da série Peaky Blinders, como avatar para ocultar sua identidade.

 

A Polícia Civil identificou que, apesar de possuir um registro como funcionário de uma churrascaria em Cuiabá, ele não exercia nenhuma função no local e mantinha um patrimônio incompatível com sua suposta renda, incluindo veículos de luxo e imóveis registrados no nome da esposa.

 

Outro ponto de destaque na investigação foi a tentativa do grupo de embaraçar o trabalho policial. Para intimidar vítimas e testemunhas, os criminosos colocaram duas advogadas para "acompanhar" os depoimentos sem que houvesse solicitação por parte dos depoentes.

 

Essa prática está sendo investigada como crime de obstrução da justiça..

A operação é resultado de um inquérito iniciado em novembro de 2024, após diversas denúncias de comerciantes que relataram estarem sendo coagidos a pagar as taxas ilegais.

 

A Polícia Civil reforça que a população pode colaborar com as investigações de forma anônima e sigilosa.

 

As ordens judiciais foram deferidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, e a Justiça determinou o sequestro dos bens do principal investigado, incluindo veículos e imóveis.

 

Shelby já possui histórico criminal e responde a processos por homicídio, furto, roubo e envolvimento com organização criminosa.

 

A Polícia Civil segue com as investigações para identificar outros envolvidos e garantir que os comerciantes possam trabalhar sem sofrer ameaças ou coerção por parte de facções criminosas.

 
 
 
 

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