Uma grande operação policial foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (4) com o objetivo de desmantelar uma facção criminosa que atuava no tráfico de drogas e na lavagem de dinheiro em Mato Grosso.
A Operação Fruto Oculto, conduzida pela Polícia Civil, resultou na expedição de dezenas de ordens judiciais contra membros do grupo criminoso, que movimentava quantias milionárias por meio de empresas de fachada
A investigação, iniciada em 2024 pela Delegacia de Paranaíta, revelou que a organização criminosa se estruturava de forma hierárquica para facilitar seus esquemas ilegais.
Durante a operação, foram cumpridos 24 mandados de prisão preventiva, 29 de busca e apreensão, quatro suspensões de empresas, um sequestro de bens e o bloqueio de 18 contas bancárias, somando R$ 50 milhões.
As ações aconteceram em diversas cidades de Mato Grosso, como Cuiabá, Sinop e Várzea Grande, além de estados como São Paulo e Amazonas.
As apurações apontaram que a facção usava um esquema complexo para disfarçar a origem do dinheiro obtido com o tráfico de drogas.
Entre os estabelecimentos investigados, quatro empresas de fachada foram identificadas, sendo duas em Cuiabá, uma em Várzea Grande e outra em São Paulo.
Apenas uma delas, que atuava no segmento de artigos religiosos, estava em funcionamento e teve suas atividades suspensas pela Justiça. Um suposto sócio da empresa paulista, residente no Amazonas, também foi alvo da operação.
As forças de segurança já haviam cumprido mandados contra integrantes do grupo em junho de 2024, ocasião em que houve a apreensão de drogas como maconha, skunk, pasta base e cocaína, além de armas de fogo e munições.
.Dois suspeitos foram presos por tráfico de drogas e posse ilegal de armamento de uso restrito.
A delegada Paula Moreira Barbosa, responsável pelo caso, destacou que o impacto financeiro sobre a facção foi um dos focos centrais da investigação.
Segundo ela, privar o grupo criminoso de seus recursos financeiros reduz sua capacidade operacional e enfraquece suas atividades ilícitas.
A Operação Fruto Oculto faz parte da estratégia da Polícia Civil no combate ao crime organizado dentro do programa Tolerância Zero, promovido pelo Governo do Estado.
A investigação contou com apoio de diversas unidades especializadas, incluindo o Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e a Delegacia de Narcóticos (Denarc).
Polícias civis do Amazonas e de São Paulo também participaram do cumprimento dos mandados.
As investigações seguem em andamento para identificar outros integrantes do grupo criminoso e ampliar o cerco contra a lavagem de dinheiro realizada pela facção.
