O ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan (DC), reafirmou que não abrirá mão de sua candidatura ao Senado em 2026, mesmo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicite sua desistência.
Segundo Galvan, não há justificativa para que ele abandone a disputa e afirmou que Bolsonaro tem liberdade para apoiar o deputado federal José Medeiros (PL), mas isso não o fará recuar.
"Eu não abro mão mesmo. E mesmo que ele [Bolsonaro] peça, não vou recuar. Quem é mais de direita? Quem mais deve estar inserido na disputa que é mais de direita que eu e o Medeiros? Eu não sei qual justificativa teria para eu recuar", declarou Galvan nesta quarta-feira (26). Ele ainda disse acreditar que Bolsonaro não fará esse pedido.
Galvan lembrou que em 2022 não contou com o apoio do ex-presidente e, mesmo assim, conseguiu surpreender nas urnas, conquistando mais de 337 mil votos. "Lá não tive apoio também. Agora, dessa vez, tem duas vagas. E Medeiros é um, terá outro candidato para o ex-presidente Bolsonaro apoiar", acrescentou.
Cenário político e possíveis alianças
O nome do governador Mauro Mendes (União) também surge como possível candidato ao Senado. Questionado sobre uma possível aliança entre Mendes e Medeiros, Galvan minimizou a situação e classificou o governador como um político de centro, e não de direita.
"Tem que entender que Executivo é uma coisa e Legislativo outra coisa", declarou. Ele também ironizou a participação de Mendes no ato pela anistia dos presos do 8 de janeiro, sugerindo que o governador buscava apenas um registro fotográfico com Bolsonaro. "Aproveitar umas imagens é bom, né?", alfinetou.
A disputa pelo Senado em Mato Grosso promete ser acirrada, especialmente com o fortalecimento de alianças dentro do PL e União Brasil. Entretanto, Galvan permanece firme em sua pré-candidatura, independente dos movimentos dentro do grupo bolsonarista.