O secretário municipal de Fazenda e Gestão de Cuiabá, Marcelo Bussiki, anunciou nesta segunda-feira (6) que o município projeta um déficit mensal de R$ 40 milhões nos gastos para 2025. A situação financeira é crítica, com despesas superando receitas em R$ 30 milhões no ano passado, e uma estimativa ainda mais preocupante para este ano.
Diante da gravidade, o prefeito Abílio Brunini (PL) declarou estado de calamidade financeira e lançou um plano emergencial para economizar R$ 100 milhões nos primeiros 100 dias de gestão. O plano prevê:
- Corte de 40% nos cargos comissionados;
- Revisão e renegociação de contratos considerados supérfluos, especialmente na área de tecnologia;
- Criação da Comissão de Apoio Técnico de Renegociação de Contratos, que será responsável por reestruturar as contas públicas.
“O objetivo é equilibrar as contas, recuperar a capacidade de investimento e criar espaço fiscal para atender às demandas da população, como a revogação da taxa do lixo”, explicou o prefeito.
A revogação da taxa do lixo, uma promessa do prefeito, depende diretamente do sucesso das medidas de contenção. O projeto será enviado à Câmara Municipal após o recesso legislativo, em fevereiro.
Abílio garantiu que, apesar das dificuldades, a Prefeitura honrará os salários dos servidores municipais de dezembro de 2024 até o dia 10 de janeiro, e já prepara o pagamento da folha de janeiro.
Além de equilibrar as contas, o município busca reconquistar a credibilidade perante fornecedores e ampliar a competitividade para reduzir custos. “Esse esforço é essencial para garantir a eficiência na gestão e melhorar a situação fiscal da cidade”, concluiu o secretário Bussiki.
As medidas prometem reestruturar a Prefeitura e devolver ao município a capacidade de investimento em serviços essenciais, enquanto enfrenta o desafio de recuperar a confiança da população em meio a uma crise sem precedentes.