O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), foi destaque na Folha de S. Paulo por defender a necessidade de superar as barreiras burocráticas e ideológicas que impedem o crescimento do país. Em artigo publicado no jornal, Mendes criticou a chamada cultura do “Brasil do não pode”, onde decisões estratégicas são travadas por entraves políticos, ideológicos e ambientais, enquanto outros países avançam.
O governador apontou contradições em diversas áreas, como o impedimento da exploração de petróleo, a dificuldade na construção de ferrovias e rodovias e as barreiras impostas ao agronegócio, enquanto nações desenvolvidas seguem caminhos opostos e prosperam.
Críticas à hipocrisia no debate ambiental e econômico
Mendes destacou que o Brasil sofre com políticas incoerentes que dificultam o desenvolvimento, citando o exemplo da exploração de petróleo na costa brasileira, barrada por pressões ambientais, enquanto países como Noruega e Canadá expandem sua produção sem restrições.
“Enquanto não nos libertarmos dessa cultura de hipocrisia, seremos eternamente o ‘país do futuro’ — um futuro que nunca vai chegar para a maioria dos brasileiros”, escreveu o governador.
Outro ponto levantado foi a dificuldade de criação de acessos no Pantanal, que poderia favorecer o turismo e o combate a incêndios florestais. Mendes comparou a situação ao avanço de ferrovias na Alemanha e na França, que possuem mais de 70 mil quilômetros de trilhos e garantem transporte sustentável, enquanto no Brasil, projetos ferroviários encontram barreiras ambientais e políticas.
Segurança pública e combate ao crime
No campo da segurança, Mendes defendeu leis mais rigorosas para crimes hediondos, citando a pena perpétua no Japão e o endurecimento das penas para traficantes nos Estados Unidos. No Brasil, ele apontou que criminosos podem matar e permanecer anos recorrendo em liberdade, enquanto famílias choram a impunidade.
Defesa do empreendedorismo indígena
O governador também mencionou o caso dos Haliti-Paresi, povo indígena de Mato Grosso que se tornou referência ao utilizar apenas 3% de seu território para produção agrícola de forma sustentável. Segundo Mendes, essa iniciativa deveria ser valorizada, mas enfrenta críticas de setores que preferem indígenas dependentes de esmolas do governo.
Um Brasil com potencial, mas travado pela “burrocracia”
Para Mendes, o Brasil tem tudo para ser um país próspero, mas se mantém refém de uma burocracia que impede avanços estratégicos. O governador conclui seu artigo afirmando que é preciso rompe