A vereadora de Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), afirmou que, apesar de ser contra o reajuste da tarifa de água e esgoto na capital, o aumento é inevitável e não pode ser barrado pelo prefeito Abilio Brunini (PL). Segundo a parlamentar, tanto a Câmara Municipal quanto o Executivo estão empenhados em retardar o impacto do aumento na população.
O reajuste de 4,45% foi aprovado pelo Conselho Regulador da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec), e a concessionária Águas Cuiabá já anunciou que aplicará a nova tarifa no próximo mês. “Não cabe ao prefeito barrar este aumento. Se houver uma brecha legal encontrada pela Procuradoria-Geral do Município, estaremos ao lado dele para evitar esse impacto financeiro neste momento. No entanto, em algum momento de 2025, o reajuste ocorrerá devido à regulamentação”, explicou Maysa.
Tarifa de Ônibus Sob Análise
A parlamentar também abordou o possível reajuste na tarifa do transporte público para 2025. Segundo ela, a situação do transporte é distinta, pois envolve subsídios pagos às empresas. Ela destacou que os contratos atuais não estão sendo plenamente cumpridos, uma vez que a frota não foi renovada, não é totalmente climatizada e ainda enfrenta problemas de acessibilidade.
A vereadora defende a revisão do modelo de cálculo da tarifa. Atualmente, o valor da passagem é determinado pelo número de usuários, mas Maysa e o prefeito Abilio argumentam que o critério deveria ser baseado nas rotas. “A passagem é calculada pelo número de passageiros, o que favorece as empresas quando os ônibus estão mais cheios. Queremos mudar isso e garantir que os contratos sejam cumpridos antes de qualquer aumento”, afirmou.
Extinção da Arsec Ainda é Incerta
Outro ponto discutido foi a possível extinção da Arsec. Maysa revelou que a maioria dos vereadores considerava extinguir a agência, mas a proposta apresentada pela Prefeitura não atende às exigências das leis federais e regulamentos do setor.
Ela alertou para os riscos de desativar a autarquia sem uma substituição adequada. “Se a extinção tivesse sido votada há duas semanas, a Arsec teria sido dissolvida. Mas, ao analisar melhor, vimos que a proposta não cumpre as normas federais. Agências reguladoras são essenciais para atrair investimentos para Cuiabá. Se simplesmente extinguirmos a Arsec, criaremos instabilidade e afastaremos grandes empresas”, concluiu a vereadora.
