O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), assinou um ato que reajusta em até 65% a cota parlamentar dos senadores. A decisão, tomada na sexta-feira (28), véspera do feriado de Carnaval, entra em vigor a partir deste sábado (01) e poderá gerar um impacto financeiro de até R$ 4,9 milhões ao ano.
A cota parlamentar é utilizada para ressarcir despesas dos senadores no exercício do mandato, incluindo transporte, alimentação, aluguel de escritórios e contratação de consultorias e serviços de marketing.
O aumento foi justificado por Alcolumbre como parte da “valorização dos servidores”.
O reajuste representa o segundo aumento da cota em 2025. Em fevereiro, o valor já havia sido reajustado em 6,13% com base em um ato assinado pelo ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que previa correções anuais até 2025.
Com a nova decisão, os valores passaram por um ajuste ainda maior, impactando diretamente os cofres públicos.
Os senadores de Goiás foram os mais beneficiados, com o valor da cota passando de R$ 25.095,91 para R$ 41.300,86.
Já os parlamentares do Distrito Federal terão um mínimo de R$ 36.582,46, enquanto os do Amazonas contarão com o teto de R$ 52.798,82.
Além do reajuste da cota parlamentar, Alcolumbre também criou um novo benefício para os servidores de alto escalão do Senado. Trata-se da chamada licença compensatória, que prevê um dia de folga a cada três dias úteis de trabalho.
No entanto, um detalhe no ato normativo assinado pelo presidente do Senado permite que esses dias de licença sejam indenizados financeiramente, o que pode resultar em supersalários semelhantes aos já pagos no Judiciário, que chegam a até R$ 1 milhão.
A medida reforça um pacote de benefícios implementado por Alcolumbre desde que reassumiu a presidência do Senado.
Enquanto o impacto financeiro dessas decisões começa a ser calculado, o aumento nos gastos públicos pode se tornar alvo de questionamentos e debates dentro e fora do Congresso Nacional.
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