OPovo
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), termina seu mandato nesta semana sem cumprir a promessa de colocar em pauta o Projeto de Lei 2858/22, que prevê anistia aos presos do 8 de janeiro. Apesar de ter retirado o projeto da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) para criar uma comissão especial que o analisasse, em 28 de outubro deste ano, a matéria não avançou desde então.
Articulações paradas e oposição ativa
O PL 2858/22 permanece travado, enquanto parlamentares da esquerda e extrema-esquerda se movimentam para arquivá-lo. Deputadas como Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) já apresentaram requerimentos de prejudicialidade contra o projeto, evidenciando uma tentativa coordenada de inviabilizar sua tramitação.
Enquanto isso, o mandato de Lira se encerra junto com a última semana de trabalho do legislativo federal antes do recesso parlamentar. Em fevereiro, um novo presidente da Câmara será escolhido. O mais cotado é o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem o apoio tanto do PT quanto do PL, mas que, até o momento, não se posicionou sobre suas intenções em relação ao projeto de anistia.
A indefinição sobre o futuro do PL 2858/22 reforça a insatisfação de muitos que aguardam uma posição firme em defesa daqueles envolvidos nos eventos do 8 de janeiro. A direita segue cobrando ações concretas para garantir que o projeto não seja engavetado sob a pressão de forças opositoras no Congresso.
O novo cenário político em 2025 será decisivo para determinar se o tema da anistia será finalmente tratado com a prioridade que muitos esperam, ou se continuará sendo alvo de manobras para mantê-lo fora da pauta.
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