O deputado federal José Medeiros (PL) encaminhou um ofício ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, solicitando asilo político para quatro brasileiras condenadas por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

No documento, Medeiros argumenta que as mulheres estariam sendo alvo de abusos por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo ele, persegue críticos das decisões do ministro Alexandre de Moraes e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar afirma que as condenadas enfrentam "graves questões legais, processuais e fáticas", decorrentes de uma atuação que considera inconstitucional por parte da Corte.

“Estão rasgando a Constituição. O STF julga casos fora de sua competência e retira dessas pessoas o direito de se defenderem, já que suas decisões não permitem recurso. Esses processos deveriam estar nas mãos de juízes de primeira instância, mas o Supremo insiste em perseguir essa gente", disse o deputado.

Medeiros também questiona a gravidade das acusações feitas às manifestantes, como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Para ele, as condenações são desproporcionais, já que os atos teriam se limitado à depredação de prédios públicos.

“Não houve feridos, mortes ou uso de armas de fogo. O que ocorreu foi uma minoria de vândalos depredando patrimônio público, algo que já vimos em movimentos liderados pela esquerda. Agora, querem condenar essas pessoas, atribuindo crimes sem individualizar condutas ou apresentar provas concretas”, afirmou.

O deputado classificou as sentenças como exemplo de perseguição política institucionalizada. Segundo ele, qualquer pessoa que critique o STF ou declare apoio a Bolsonaro está sujeita a sanções. “Nem os deputados escapam da censura do ministro Alexandre de Moraes, que tiveram suas redes sociais suspensas sem direito a defesa ou contraditório. A perseguição política no Brasil foi institucionalizada", declarou no pedido de asilo.

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