Em depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente teria considerado duas estratégias para contestar o resultado das eleições de 2022: buscar evidências de fraudes nas urnas eletrônicas ou contar com o apoio das Forças Armadas para um suposto “golpe”. De acordo com informações divulgadas pelo portal O Antagonista, Cid citou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como parte da ala que discutia cenários mais radicais.
Segundo o depoimento, prestado em agosto de 2023 e obtido na íntegra pelo colunista Elio Gaspari, da Folha de S.Paulo, Michelle e Eduardo conversavam frequentemente com Bolsonaro, destacando que ele teria respaldo popular e de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) em caso de medidas extremas.
Apesar das menções, o relatório final da Polícia Federal, concluído em novembro de 2024, não incluiu Michelle nem Eduardo Bolsonaro entre os 40 indiciados na investigação sobre os atos relacionados ao suposto “golpe”.
O depoimento de Mauro Cid foi amplamente divulgado e segue como um dos pontos de interesse em torno das apurações que envolvem as eleições de 2022, sem implicações diretas ou acusações formais contra a ex-primeira-dama e o deputado. As informações trazidas por O Antagonista destacam o impacto das declarações no contexto político e investigativo.
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