O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu uma revisão nas penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, sugerindo que a Justiça adote critérios diferenciados para os envolvidos.
A declaração foi feita durante sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025.
Na entrevista, Múcio destacou que a pacificação do país passa pela análise cuidadosa do grau de envolvimento de cada indivíduo nos atos de invasão das sedes dos Três Poderes.
Segundo ele, aqueles que apenas estiveram presentes, sem depredar patrimônio público ou participar ativamente da organização das manifestações, deveriam receber penas mais brandas ou mesmo serem liberados.
“Eu acho que na hora que você solta um inocente ou uma pessoa que não teve um envolvimento muito grande é uma forma de você pacificar. Esse país precisa ser pacificado. Ninguém aguenta mais esse radicalismo. A gente vive atrás de culpados”, afirmou o ministro.
Múcio evitou classificar os eventos como uma tentativa de golpe e defendeu que a Justiça distinga os diferentes níveis de responsabilidade, reservando punições mais severas para os organizadores e financiadores dos atos.
Ele também reiterou que não houve envolvimento das Forças Armadas na invasão dos prédios públicos e afirmou não ter identificado a presença de armas entre os manifestantes.
A fala do ministro ocorre em meio a debates sobre a anistia a parte dos presos do 8 de janeiro, uma pauta defendida por setores políticos e criticada por outros.
A posição de Múcio sinaliza uma abordagem de conciliação, mas ainda sem qualquer ação concreta do governo ou do Judiciário para rever as condenações.
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