O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou as declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a possibilidade de impor uma taxação de 100% aos países do BRICS. Em vídeo publicado em suas redes sociais, o analista de mercado financeiro Pablo Spyer abordou o posicionamento de Lula em relação ao tema, destacando que o brasileiro rejeitou a gravidade das ameaças e reafirmou seu interesse no debate sobre uma moeda alternativa ao dólar.
Trump indicou que a sobretaxação poderia ser aplicada caso os países do BRICS—Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul—continuassem a discutir a criação de uma moeda concorrente ao dólar. Embora a Rússia já tenha se afastado desse debate, Lula mantém sua defesa da ideia, o que tem gerado tensão no cenário internacional.
Em suas declarações, Lula afirmou que, caso Trump retorne à Casa Branca e de fato imponha tarifas de 100% sobre os produtos brasileiros, o Brasil responderá com medidas equivalentes. O presidente sinalizou que adotaria uma política de reciprocidade comercial, elevando tarifas sobre produtos norte-americanos, numa postura que pode levar a um embate econômico entre os dois países.
A possibilidade de retaliação mútua preocupa setores econômicos, já que os Estados Unidos são um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Especialistas alertam que uma escalada protecionista poderia prejudicar exportações brasileiras, sobretudo nos setores agrícola e industrial, além de afetar o fluxo de investimentos entre os dois países.
A posição de Lula reflete seu histórico de defesa da multipolaridade na economia global e do fortalecimento de blocos como os BRICS. No entanto, caso Trump seja reeleito e concretize sua ameaça, a relação entre Brasil e Estados Unidos pode entrar em uma nova fase de tensão diplomática e comercial.
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