O Partido Liberal (PL) está trabalhando ativamente para reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, visando lançá-lo como candidato nas eleições presidenciais de 2026. A informação foi confirmada pela senadora Rosa Martinelli (PL), que destacou que o desempenho do partido nas eleições municipais em Mato Grosso faz parte de uma estratégia para "preparar a base" para a próxima disputa eleitoral.
Martinelli apontou que, após as eleições deste ano, pelo menos 20 prefeituras no estado serão comandadas por membros do PL, com a possibilidade de esse número aumentar para 21, caso Abílio Brunini (PL) vença o segundo turno em Cuiabá contra Lúdio Cabral (PT). "Estamos nos fortalecendo em cidades estratégicas como Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop, o que nos prepara para os desafios futuros", afirmou a senadora.
De acordo com Martinelli, o objetivo do partido é claro: fazer com que Bolsonaro seja elegível novamente para concorrer à presidência. Porém, ela admitiu que, caso isso não seja possível, o PL já trabalha em alternativas para garantir que a direita continue forte no cenário nacional.
“Queremos que Bolsonaro seja nosso candidato, mas se não for viável, já estamos planejando outro nome que represente os valores do partido e da direita no Brasil”, explicou.
Além disso, o partido está de olho no governo estadual. Segundo a senadora, o PL tem interesse em eleger um governador alinhado com os ideais bolsonaristas para administrar Mato Grosso. O nome do senador Wellington Fagundes (PL) já foi colocado à disposição, e ele deve disputar o cargo em 2026, dependendo das articulações políticas nos próximos anos.
O baixo desempenho do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições municipais de Mato Grosso também foi comentado por Martinelli, que creditou isso ao esforço do PL em fortalecer sua presença nas câmaras e prefeituras. "O resultado positivo do bolsonarismo nas urnas mostra que a população quer a direita de volta ao poder", concluiu.
Com os olhos voltados para 2026, o PL segue se fortalecendo em Mato Grosso, preparando suas bases e trabalhando para que Bolsonaro ou um sucessor possam levar adiante o projeto político da direita no Brasil.
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