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POLÍTICA NACIONAL Segunda-feira, 17 de Março de 2025, 12:56 - A | A

Segunda-feira, 17 de Março de 2025, 12h:56 - A | A

VEJA

Tarcísio critica Lula e eleva tom em manifestação no Rio; Gleisi responde

Gleisi Hoffmann afirmou que Bolsonaro teme ser preso e destacou que Lula sempre respeitou os resultados das eleições.

 

 

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou as declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), feitas durante um ato pró-Bolsonaro no Rio de Janeiro, neste domingo (16). O evento, organizado pelo ex-presidente, teve como principal pauta o pedido de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, mas também serviu como demonstração de força política às vésperas do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Durante a manifestação, Tarcísio associou a alta do custo de vida ao governo Lula e defendeu o retorno de Bolsonaro ao poder. “Se está tudo caro, volta Bolsonaro. Nós vamos libertar o país da esquerda que tanto maltrata o Brasil”, declarou.

 

A resposta veio rapidamente por meio das redes sociais. Gleisi Hoffmann afirmou que Bolsonaro teme ser preso e destacou que Lula sempre respeitou os resultados das eleições.

 

“O presidente Lula disputou seis eleições ao Planalto. Quando não venceu, respeitou o resultado, não tramou golpes nem atacou as instituições. Quando foi eleito, mudou o Brasil pra melhor (e segue mudando). Não é Lula que tem medo de perder, governador Tarcísio. É Bolsonaro que tem medo da prisão”, escreveu a ministra.

 

A manifestação ocorreu a poucos dias do início do julgamento no STF, que decidirá se Bolsonaro e outros 33 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) se tornarão réus por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada. A análise do caso está marcada para começar em 25 de março.

 

 

 

 

A defesa da anistia para os presos dos atos de 8 de janeiro é uma das principais bandeiras de Bolsonaro e seus aliados. No Congresso, o projeto que prevê essa medida está parado e depende da decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para ser pautado. Nos bastidores, aliados do ex-presidente veem a anistia como uma possível proteção para Bolsonaro, diante do avanço das investigações.

 

Apesar de ser considerado um possível sucessor natural de Bolsonaro em 2026, Tarcísio de Freitas tem evitado se posicionar como candidato. O governador já afirmou a aliados que não pretende contrariar o ex-presidente nem deixar o governo paulista enquanto aguarda uma definição sobre o futuro político do bolsonarismo.

 

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